quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Lembranças de uma velha máquina de costura

A amiga Marilene Figueiredo Nunes, filha do historiador da cidade, Osório Santana Figueiredo, que há pouco tempo nos deixou, conta em sua página no Facebook, que herdou a máquina de costura que foi de sua mãe, dona Juracy, também de saudosa memória.

Vale a pena publicar a bonita crônica que ela escreveu.

E a máquina entrava em ação e os pés de nossa mãe no pedal da máquina movimentavam-se rapidamente, como as rodas de um trem na travessia dos trilhos. Linhas, dedais, agulhas, tecidos e tesouras eram espalhados pela máquina.

Os pensamentos de minha mãe eram, por certo, alinhavados e costurados nos modelos escolhidos nas Revistas de moda, da época.

A velha máquina guarda a história de nossos cotidianos passados, vividos na infância e juventude. Guarda também afetos e as alegres sensações faceiras em vestir uma roupa nova e sair contente, sem precisar de festa.

Quanta satisfação era sentida ao fechar a tampa da máquina. Era trabalho terminado ,roupa feita! Vendo a máquina, vejo a presença invisível de nossa nossa mãe, sentada e concentrada nas costuras.

Sentimentos com lembranças remendam e também costuram meus pensamentos distantes, que contam nossa história. A velha máquina de Costura e seu valor histórico tem um pouco de nossa identidade, através das lembranças de como éramos e ficamos.

Essas lembranças nos faz entender como somos e que objetos e móveis carregam em seus cheiros um pouco de nós. Costurando e remendando lembranças, para que as boas, nunca sejam rasgadas e perdidas.



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